quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Maconha no combate à osteoporose

Agora me diz,oque a maconha não trata?
Anlene BBDO Philippines
Quando usada na terceira idade, a maconha pode proporcionar inúmeros benefícios, inclusive aos ossos.
A maconha tem mostrado ser benéfica no tratamento de uma grande variedade de doenças relacionadas ao envelhecimento. A osteoporose é frequentemente negligenciada, mas há uma forte ligação com o sistema endocanabinóide e a forma como a maconha interage com esse sistema é fundamental para o tratamento da doença. Nestes casos, a maconha não fornece o cálcio que falta nos ossos, mas trata a própria causa da deficiência. Estamos falando de tratar a raiz do problema, não apenas remediar a situação.
A osteoporose é considerada a doença mais comum relacionada aos ossos. Ao longo do tempo, faz com que os ossos enfraqueçam, fragilizando-os e aumentando os riscos de serem fraturados. A osteoporose é uma doença que torna os ossos frágeis, devido a perda de tecido ósseo. Origina-se de alterações hormonais, deficiências de cálcio ou vitamina D, além do envelhecimento. Pode afetar homens e mulheres, no entanto, as mulheres são mais suscetíveis a ela.
Em 2009, um grupo de pesquisadores da Universidade de Edimburgo, publicaram um estudo na revista Cell Metabolism  que esclarece o mecanismo do tratamento. Este estudo sugere que a ativação do receptor CB1 é o principal responsável pelos benefícios da maconha nos casos de osteoporose.
Os cientistas  usaram dois grupos de ratos como modelos, dos quais um incluía roedores sem receptores CB1. De acordo com os resultados, os ratos mais velhos que estavam sem receptores CB1 sofriam de osteoporose, apesar de um aumento da massa óssea. A ativação do CB1 diminui o enfraquecimento dos ossos e evitou a acumulação de gordura neles – algo que costuma acontecer em pessoas com osteoporose.
O autor principal Ayman Idris afirma que “o receptor CB1 é, portanto, o único que regula o pico de massa óssea através de um efeito sobre a atividade dos osteoclastos, e protege contra a perda óssea relacionada com a idade através da regulação dos adipócitos e diferenciação de osteoblastos de células estromais da medula óssea”.
A osteoporose está entre as doenças mais comum em idosos. Além de uma dieta balanceada e rica em cálcio, a maconha também pode ajudar contra a osteoporose.
A osteoporose está entre as doenças mais comum em idosos. Além de uma dieta balanceada e rica em cálcio, a maconha também pode ajudar contra a osteoporose.
Claro que esse não é o primeiro estudo que indica que a maconha pode ajudar a tratar a osteoporose, muito menos o último. Um estudo de 2010 publicado pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA conclui: “Esta revisão resume in vitro e in vivo, resultados relativos à influência dos ligantes canabinoides no metabolismo ósseo e argumenta em favor da exploração dos receptores de canabinoides como alvos tanto para anabólico e anti-terapia para o tratamento de reabsorção de doenças ósseas multifacetadas complexas tais como a osteoporose. ”
Já existem centenas de casos de idosos que se tratam apenas à base de canábis. Não só para combater a osteoporose, mas a diabetes e a hipertensão por exemplo. Em países como os EUA, Canadá e Israel, idosos tem uma dieta alimentar bastante balanceada, acompanhada de doses diária de canábis. Essas doses podem variar na forma da administração, alguns preferem a flor, outros preferem extratos como o óleo. De maneira geral, preferem um consumo sem efeitos psicoativos. Inclusive é melhor que assim o façam, pois isso poderia aumentar os riscos de queda em pessoas mais velhas, acarretando em possíveis fraturas.
Já está bastante exemplificado como a doença interage no nosso sistema endocanabinóide, sendo que a maconha pode ser uma alternativa natural e segura para tratar as irregularidades nesse sistema e combater assim a osteoporose. De acordo com outro estudo de 2011 publicado pelo Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology, “os resultados demonstram a importância de receptores CB1 e CB2 na regulação da remodelação óssea. Outros estudos elucidam que após a ativação do receptor CB em vias de sinalização afetadas pode levar a várias formas de tratamento da osteopenia e acelerar a formação óssea, tendo um resultado clínico favorável”. E qual uma forma que todos nós conhecemos de ativação dos receptores canabinoides? Exatamente, consumindo maconha.
Ainda há outros estudos sobre o tema, como este outro do Instituto Nacional de Saúde dos EUA mostrando que moléculas de modulação do sistema endocanabinóide poderia ser alternativas terapêuticas à osteoporose. Mas ainda é pouco. A proibição embarga os avanços científicos, de maneira que se torna praticamente impossível estudar a maconha.
Essa condição afeta milhares de pacientes que poderiam estar se beneficiando neste exato momento dos efeitos medicinais que a maconha proporciona. Regulamentar o uso medicinal é um passo básico, porém fundamental que irá mudar bastante a forma como sociedade encara a ganja. Afinal, se nossos idosos e crianças, imagens de pureza e fragilidade, podem fazer o uso seguro dessa planta, para o benefício da saúde, por que o resto da sociedade não faria o mesmo?

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