segunda-feira, 7 de julho de 2014

Legalizar a maconha pode reduzir problemas com álcool em jovens adultos

shameadLegalizar a maconha poderia proteger a juventude da Austrália contra os perigos do alcoolismo. Essa é a mensagem de Robin Room, diretor do Centro de Pesquisa de Políticas de Álcool, que é o principal grupo de pesquisa sobre álcool na Austrália e é financiado pelo governo. Room, que é professor da Universidade de Melbourne, diz que a Austrália precisa ser pensar adiante nessa questão e trabalhar no sentido de estabelecer um mercado legalizado e controlado para a maconha.
“Eu penso que nós precisamos ter uma séria discussão sobre o assunto e isso faz muito muito sentido pela ótica, entre outras, do corte de custos do governo ao se ter um mercado legal altamente controlado e, enquanto estivermos nesse mercado poder ‘apertar’ o mercado de álcool da mesma forma que foi feito com o tabaco.
Room diz que ele prefere que nenhum jovem consuma tabaco, maconha, ou qualquer bebida alcoólica, mas confessa ser um realista e admite que o cenário nem sempre é esse. Então, ao invés de ter adolescentes que simplesmente bebem até cair, ele defende que permitindo o uso de maconha isso iria ajudar a cortar o consumo excessivo de álcool.
“A maconha não é inofensiva, mas é notoriamente menos prejudicial do que álcool ou o tabaco em termos de danos sociais e à saúde”, diz ele. Testes revelaram que jovens adultos foram “melhor” em uma mistura de álcool e maconha ao invés de apenas álcool puro em ambientes sociais, acrescentou. O álcool era mais perigoso do que cannabis porque tinha uma maior associação com a agressão e a violência, perda de coordenação e os impactos sobre o trabalho e a vida familiar. “Se você consumir maconha em quantidade relativa ao que consumiria de álcool, você provavelmente estará menos agressivo. Mas não deixa de ser uma má ideia se você pretende dirigir um carro.”, diz ele.
Ele defende que a erva seja vendida em “lojas do Estado” e jamais deve ser vendida em supermercados, nem anunciada na TV ou em jogos esportivos, ao contrário do que ocorre com o álcool.
É uma proposta controversa mas bastante lógica, convenhamos. Entre simpatizantes da ideia e opositores, Melbourne continua a batalha contra a violência provocada pelo álcool e as internações hospitalares entre homens e mulheres por conta da bebida.
Aqui no Brasil também sofremos graves problemas com o álcool e o alcoolismo, mas nem por isso nossos governantes parecem dar a devida importância. Enquanto marcas de cerveja ainda patrocinam esportes, dando inclusive nome até à estádios de futebol, a sociedade brasileira sofre com mais de 15 milhões de alcoólatras e milhares de mortes todo ano por conta do álcool, direta ou indiretamente
fonte:CHARAS

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