Permitido a maiories de 18 anos, uso poderá ser medicinal ou recreativo; erva, considerada hoje uma droga pesada, continuará proibida em locais públicos
Com 68 votos a favor, 39 contra e cinco abstenções, a Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta terça-feira (07/07) um projeto de lei que descriminaliza o de maconha para consumo próprio, para fins recreativos e medicinais.
O texto, que será enviado agora ao Senado, prevê que os autocultivadores devem ser maiores de 18 anos, mas em caso de uso terapêutico a maconha poderá ser administrada a menores de idade, desde que com receita médica. A quantidade máxima permitida por pessoa é de 10 gramas, e por domicílio, 500 gramas.
Wikicommons
Estudos mostram que legalização para fins medicinais nos EUA não aumentou consumo entre adolescentes
Estudos mostram que legalização para fins medicinais nos EUA não aumentou consumo entre adolescentes
No país, a maconha é incluída na legislação como droga pesada. O autocultivo e a venda são passíveis de punição. Mesmo com a aprovação da lei, o uso em locais públicos seguirá sendo proibido.
Em meio ao debate em torno da aprovação do texto, o deputado Nicolas Monckeberg, do partido de centro-direita Renovação Nacional, afirmou que "quando o país não conseguiu controlar o consumo de álcool por menores, sustentar que vamos ser capazes de controlar o consumo e a dependência de maconha entre os menores é, francamente, agir com ingenuidade".
Por outro lado, a ex-líder estudantil e deputada do Partido Comunista Camila Vallejo disse considerar ingênuo que o autocultivo represente uma liberação da droga: "Podemos negar que, quando os jovens usam maconha pode e não podem cultivá-la devem recorrer ao tráfico para comprá-la?", abrindo a porta para drogas mais pesadas como a cocaína e a pasta base, argumentou.
No Uruguai, foi aprovada uma lei, no final de 2013, que regula totalmente o mercado da erva. Além disso, nos Estados Unidos, ao menos 24 de 50 estados já autorizam o uso de maconha para fins medicinais.
Mujica fala da liberação da maconha no Uruguai:
Nenhum comentário:
Postar um comentário